Quando comecei a me interessar por fotografia, via a lista de equipamentos dos profissionais e ficava com os olhos brilhando. “Um dia, vou ter esse monte de equipamentos também!”, eu pensava.
Olhava os profissionais com câmeras enormes, lentes enormes, equipamentos enormes… e ficava matutando como fazer para ter coisas maiores também. Já considerei até comprar grip e parasol só para parecer “mais profissional”. Quem nunca?
Aí, o tempo foi passando. Os ombros começaram a doer. Os equipamentos diversos começaram a juntar mofo. As ideias ficaram mais confusas com tantas coisas pra escolher.
Há poucos dias, vi a lista de equipamentos que um grande fotógrafo levou para uma dessas viagens de nível national geographic. E decidi que, se pra ter ser desse nível é preciso 5 corpos, 15 lentes, 30 strobes e 80 acessórios… Prefiro ficar no nível Claudia Regina mesmo. Para mim, o importante não é mais “parecer profissional”. É fotografar leve.
Hoje, vivo feliz com um corpo aps-c, uma grande angular, uma fisheye e uma normal f/1.4. De acessórios, tenho um tripé (que serve tanto pra câmera quanto pro flash) e um kitzinho básico de um strobe. E espero enxugar isso tudo ainda mais quando as mirrorless ficarem mais acessíveis no mercado.
É exatamente o que uso e preciso hoje para criar minhas imagens, mesmo sendo um kit que não impressiona.
Sei que muitos dos meus leitores estão começando na fotografia. Te digo: é inevitável que a gente fique com vontade de comprar equipamentos novos toda semana! E é claro que, dependendo da área, é preciso sim ter uma lista grande de equipamentos. Ainda assim, muitos me pedem sugestões. Por isso, vou dar tal sugestão para quem está começando a explorar a fotografia: não caia na falácia da equipamentite. Não compre nenhum equipamento novo antes de conseguir fazer fotos lindas com o que você já tem hoje. Leia o manual, pratique as técnicas que encontra por aí e explore ao máximo seu equipamento. Não compre nada novo se o objetivo for “conseguir fazer fotos melhores”. Compre equipamento novo só se for para explorar possibilidades novas.
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